Escuteiros recolhem bens para mais pobres

Roupa e calçado, material escolar, brinquedos e mobílias. Estes são os principais equipamentos que fazem falta às famílias mais carenciadas do concelho de Esposende. Para dar resposta a esta lacuna, o Agrupamento de Escuteiros de S. Bartolomeu de Mar acaba de lançar uma campanha para angariar estes bens e ajudar quem mais precisa.


‘Ser Solidário’ é como os escuteiros decidiram chamar a esta campanha de solidariedade, que promovem pela primeira vez, mas que prometem repetir daqui para a frente.
“Esta iniciativa surgiu porque tínhamos que fazer uma actividade diferente e no âmbito do tema do ano escutista - que este ano é a Madre Teresa de Calcutá - e do tema do nosso agrupamento que é ‘Um só ideal’”, indica Manuela Capitão, organizadora da iniciativa e guia de tribo dos Caminheiros do Agrupamento de S. Bartolomeu de Mar.

“Tudo, excepto alimentos e dinheiro”

“Aproveitámos os temas propostos e criámos o nosso tendo por base a solidariedade, tendo em atenção a questão da pobreza e a nossa vontade em ajudar no concelho os mais necessitados”, explicou.
Na realidade, a campanha acabou por ser pensada depois do último Natal e depois de os jovens escuteiros se terem deparado com alguns destes problemas ao nível das carências socioeconómicas.

“Nesta campanha, nós apelamos às pessoas para que possam dar tudo, excepto alimentos e dinheiro”, adianta Manuela Capitão.
“Quem quiser ajudar basta contribuir, até pode ser com móveis que já não utilizem, desde que estejam em bom estado”.
As ofertas podem ser deixadas no Centro Cívico de S. Bartolomeu de Mar ou aos escuteiros.

Os bens angariados serão depois distribuídos pelos que mais precisam através da rede social do concelho de Esposende.
Raquel Vale, responsável pela Rede Social de Esposende, destaca que esta acção dinamizada pelos escuteiros é “uma mais-valia”, tendo em conta que “se trata de uma acção que vem da sociedade civil no sentido de auxiliar os mais necessitados”.

Mais cabazes ‘natalícios’ para 63 famílias

“Nós temos notado, ao nível da rede social, um aumento ténue do número de carenciados no concelho”, referiu a responsável, indicando que há, neste momento, 300 famílias identificadas.
Raquel Vale apontou, ainda, que dado terem sobrado muitos bens alimentares depois da recolha efectuada para os cabazes de Natal, a rede social vai, agora, dar mais algumas dezenas de cabazes com esses mesmos bens.

No total serão 63 as famílias que receberão, muito em breve, novos cabazes ‘natalícios’ com bens alimentares.
“Porque temos receio também da pobreza escondida, alertamos as juntas de freguesia, os párocos e a comunidade a estarem atentos”.

08-02-11 - Correio do Minho

Sem comentários:

Enviar um comentário