Festa do pão anima Marinhas e dá receitas às associações

Uma broa saída ainda a queimar do forno de lenha é um motivo para entrar na Festa do Pão que encerra hoje em Marinhas, Esposende.
Uma broa saída ainda a queimar do forno de lenha é um motivo para entrar na Festa do Pão que encerra hoje em Marinhas, Esposende.


Junto à estrada que liga a Viana do Castelo, a poucos metros da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, uma tenda acolhe uma dezena de stands de clubes, ranchos folclóricos e instituições.
Recordar a tradição da cozedura do pão de milho e degustação de pratos tradicionais são propósitos da Junta de Freguesia de Marinhas.

A iniciativa conta com uma dezena de organismos locais que vendem aos visitantes broa de milho, bolo de sardinhas, bolo de toucinho, bolo de chouriço, bacalhau, rojões, bifanas, feijoadas, moelas, presunto, papas de sarrabulho, sopas de vinho, caldo verde, doces, crepes, vinho, caipirinha e ginginha, em copos de chocolate.

As especialidades gastronómicas são confeccionadas no local ou levadas de casa por mulheres que as colocam nos stands dos escuteiros, ou da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, no da Juventude Unida de Marinhas ou do Rancho Folclórico as Moleirinhas de Marinhas, entre outras, que com as vendas angariam recursos.

Já corre melhor do que a edição de 2010

Várias das pessoas que contactámos consideraram que a edição de 2011 já corre melhor do que a de 2010. É o caso de Adelaide, no stand da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, que não tem dúvidas de que esta edição já está a render mais do que a do ano passado, em que estima ter obtido um lucro na ordem dos 450 euros.

Para hoje, aquele stand propõe arroz à valenciana, moelas e bifanas para servir nas mesas da feira, enquanto ao balcão se fazem vendas de doçarias, das compotas ao bolo xadrez. Alberto Simões, da Associação Recreativa de Góios, diz que já em 2010 na Feira do Pão aquele organismo averbou a verba, mas diz não saber quanto.

Este ano, aquele balcão propõe feijoada de búzios, orelha de porco, pataniscas ou moelas. Ao lado alguém confessa que parte do lucro vai para ofertas, porque costumam aparecer muitos amigos a quem não se leva dinheiro.

Elisa Marques, do Rancho Folclórico Danças e Cantares de Marinhas, conta que, no ano passado, a feira do pão “correu muito bem”, mas este ano a sexta-feira “já esteve mais forte, até parecia o sábado do ano passado”.

Jorge Cardoso, presidente da direcção da da Juventude Unida das Marinhas, mostra a diferença. Neste caso, mais do que averbar receitas pretende-se promover um organismo, com valências para a infância. Se nos outros stands se degustam especialidades gastronómicas, neste “cozinha-se um conto”.

Uma educadora começa uma história, que pode ser um passeio, ou uma aventura, com continuação segundo as propostas da criança, explica. “Não é uma verba de quinhentos ou mil euros que vai fazer a diferença no orçamento”, considera Jorge Cardoso, professor de profissão, chamando a atenção para o problema que a falta de natalidade vai suscitar, a prazo, na sustentabilidade das instituições com valências para a infância.

02-10-11 - Correio do Minho

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