Nasceu um novo universo em Fão

Ainda cheira a fresco, tinta nova, cerimónia devidamente filmada e fotografada para a posteridade. Auditório cheio para assistir à assinatura do protocolo. Um dia histórico, numa cerimónia simples, mas com rostos alegres e fatos preparados para um momento especial. É um novo universo que ficou selado em dia de celebração do 36.º aniversário da passagem de Fão a Vila.


Os fangueiros sentiam-se envergonhados pelas anteriores condições da Junta de Freguesia. O município liderado por João Cepa deixou os fangueiros de sorriso de orelha a orelha com a magnitude das novas instalações. Não fazia sentido existirem dois pólos culturais em tanto curto espaço geográfico. Pela proximidade, pela exigência dos tempos actuais ao nível financeiro. A partir desse cenário desenhou-se uma sinergia, com o nome de Centro Cultural de Fão.

O prédio passa a possuir diversas valências e serviços. Salas de exposições, sala de leitura da biblioteca municipal Manuel Boaventura, Junta de Freguesia de Fão, espaço de agenciamento dos CTT e ainda os serviços de acção cultural.

O mapa está igualmente escrito. Salas de exposições no rés-do-chão e o primeiro piso do edifício será gerido sob o apoio técnico do responsável pelo serviço da acção cultural. No rés-do-chão fica igualmente instalado a biblioteca Manuel Boaventura. Já a Junta de Freguesia e a agência dos CTT vão ser espalhadas pelo hall de entrada, rés-do-chão e também no segundo piso. Por último, o serviço de acção cultural fica, na sua plenitude, confinado ao terceiro piso.

Luís Peixoto: “saímos de um abrigo e entramos num palácio”

Luís Peixoto, presidente da Junta de Freguesia de Fão, assumiu-se feliz pela concretização de um sonho para a vila, ainda por cima em dia de aniversário. No seu discurso, referiu que “Fão deu mais um passo em frente”. “Saímos de um abrigo e entramos num palácio”, considerou ainda o autarca. “Entramos neste ano com o pé direito. Esta era uma ambição antiga e acredito que vai voltar o corropio ao centro histórico de Fão”, continuou Luís Peixoto.

Os passos seguintes

“Este foi um grande passo e os fangueiros merecem-no, mas outros se seguirão. Recordo o reposicionamento da Avenida São Januário, a segunda fase da marginal, a necrópole, que precisa de melhoramentos, o nivelame nto e calcetamento de vias de comunicação ainda em terra batida”, asseverou Luís Peixoto, numa mostra dos futuros projectos a realizar na vila de Fão.


“O protocolo que assinamos, a cedência à Junta de Freguesia do uso deste novo edifício, era um desejo antigo. Fão era, até à presente data, a única freguesia do concelho de Esposende que não possuía uma condigna sede de Junta. Um edifício que dignifica-se a instituição e a freguesia.
O espaço que até agora utilizamos foi um remedeio, cujo estado provisório durou uma eternidade. Saímos de um abrigo e entramos num palácio”, considerou ainda Luís Peixoto.

Apesar das novas condições, o líder dos fangueiros destaca que a forma de ser e de estar vai ser a mesma. “Continuamos humildes, mas orgulhosos. A comunidade fangueira e concelhia poderá identificar-se com este espaço e o edifício vai ser a âncora do centro histórico”.

João Cepa: “orgulho por estar nos dez melhores”

Em dia de assinatura de protocolo com a Junta de Freguesia de Fão, João Cepa, presidente do autarquia, comentou um estudo recente, realizado pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, que coloca Esposende no décimo lugar ao nível de eficiência municipal. É inclusivamente o único representante do norte do país nessa elite. Acima de tudo “orgulho”, confessou.


“A Câmara Municipal de Esposende de 2011 para 2012 sem uma única factura vencida, sem uma única factura por pagar. Isto é motivo de orgulho para mim, mas também deve ser para todos os esposendenses, para todos os munícipes deste concelho, porque também eles deram o seu contributo. Quanto mais não seja, pela compreensão em torno do ritmo de investimentos que têm sido feitos”, frisou João Cepa.

“É quase caso único no país. Penso que se podem contar pelos dedos das mãos as autarquias que estão nesta situação. Tivemos também uma notícia que nos deve orgulhar imenso e que se prende com um estudo de uma entidade insuspeita, como é o Instituto Superior Técnico. O estudo é sobre as 308 câmaras do país e é feita uma avaliação da eficiência desses organismos. Estudaram a forma como as câmaras geriam os seus recursos humanos e financeiros e o resultado é que só 41 são eficientes e Esposende está nos dez melhores, sendo mesmo o único do norte do país”.

09-01-2012 - Correio do Minho

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